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Núcleos de Apoio Contábil e Fiscal fazem plantão de atendimento sobre IR. Aracruz terá mutirão no sábado, 24
Durante este mês, o Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) da Ufes, vinculado ao Departamento de Ciências Contábeis, e o NAF do Centro Universitário Salesiano (Unisales) estão realizando um plantão de atendimento para auxiliar a comunidade sobre a declaração do Imposto de Renda, cujo prazo vai até o dia 31 de maio. O plantão acontece às terças e quintas-feiras, das 8h30 ao meio-dia, no terminal de pesca localizado no bairro Jesus de Nazareth (Rua Gumercindo Gomes da Silva, 45), em Vitória.
Nesta quarta-feira, 21, os núcleos também vão realizar a palestra Da sala de aula ao escritório: experiências com Imposto de Renda, das 19 às 21 horas, no Salão Rosa do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), no campus da Ufes em Goiabeiras. O público-alvo são estudantes de contabilidade. As inscrições já se esgotaram.
Mutirão em Aracruz
Outra ação da parceria NAF/Ufes e NAF/Unisales será um mutirão no município de Aracruz no próximo sábado, dia 24. A comunidade local poderá esclarecer dúvidas sobre regularização do Cadastro de Pessoa Física (CPF), declaração de Imposto de Renda e questões relacionadas a microempreendedores individuais (MEI).
O atendimento vai ocorrer das 9 às 14 horas, na Associação Comunitária de Barra do Riacho (Rua Zilda Cordeiro, 60, Barra do Riacho, Aracruz).
Segundo a coordenadora do NAF/Ufes, Marília Nascimento, o mutirão, em parceria com o projeto Redes de Cidadania, tem como objetivo principal dar atendimento aos pescadores e indígenas de Barra do Riacho, que receberam indenizações da Fundação Renova após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015.
“Por conta dessa indenização, essas pessoas ficaram obrigadas a fazer a declaração de Imposto de Renda. E para isso precisam regularizar CPF e outros documentos fiscais”, afirmou a professora.
O que é o NAF?
O NAF é um programa da Receita Federal do Brasil (RFB) em cooperação com instituições de ensino que leva assistência fiscal gratuita a pessoas de baixa renda, MEIs e outros públicos sem acesso a serviços contábeis.
Apenas em 2025, o NAF/Ufes já atendeu cerca de 200 contribuintes sobre declarações de Imposto de Renda. No ano passado, foram 940 orientações sobre assuntos relacionados a IR e MEI.
Mais informações no perfil do NAF/Ufes no Instagram.
Foto: NAF/Ufes
Categorias relacionadas ExtensãoCampus de Goiabeiras sedia o XI Encontro Regional de Engenharia e Desenvolvimento Social
O campus de Goiabeiras sedia entre os dias 22 e 24 de maio a XI edição Sudeste do Encontro Regional de Engenharia e Desenvolvimento Social (Ereds). O objetivo do encontro, que neste ano tem como tema Tecnologia e envolvimento: construindo alternativas, é debater a prática de uma engenharia voltada para as transformações populares.
O evento reunirá representantes de movimentos sociais, profissionais, estudantes e professores, que terão espaço em mesas redondas e poderão apresentar seus relatos de experiência. Além disso, haverá visitas técnicas e apresentações culturais.
Pessoas interessadas no cruzamento entre as áreas humanas e tecnológicas também podem participar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do site do evento, onde também está disponível toda a programação.
O Ereds é realizado desde 2011 e teve origem no Encontro Nacional de Engenharia e Desenvolvimento (Eneds). A professora do Departamento de Engenharia Elétrica da Ufes Thaís Pedruzzi, que integra a comissão organizadora do Ereds, afirma que ambos buscam abordar temas que ainda possuem pouca visibilidade dentro dos cursos de engenharia. “É um evento que convida a pensar a engenharia de forma crítica, solidária e conectada com as lutas populares”, destaca.
Para Pedruzzi, trazer o Ereds até a Ufes é uma maneira de criar caminhos para que os estudantes do Centro Tecnológico (CT) se aproximem dos movimentos sociais locais, o que fortalece a função social da universidade.
Categorias relacionadas ExtensãoAvaliação de desempenho 2025: prazo para avaliar servidores e serviços da Ufes vai até 2 de junho
Está aberto até o dia 2 de junho o sistema de Avaliação de Desempenho do Ciclo 2025 dos servidores técnico-administrativos em educação da Ufes. No sistema, todos os servidores técnico-administrativos em educação e os servidores docentes ocupantes de função gerencial deverão avaliar os servidores técnico-administrativos sob sua gestão e que estiveram por mais de dois meses em efetivo exercício durante o período de 01/05/2024 a 30/04/2025.
Além disso, todos os servidores da Universidade – técnico-administrativos e docentes –, estudantes, pacientes do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam/Ufes) e a comunidade externa em geral podem avaliar os serviços prestados pela Ufes por meio da Avaliação pelos Usuários.
Tanto a avaliação dos gestores quanto a avaliação dos usuários é feita por meio de formulários eletrônicos através deste link de acesso ao sistema, disponível no site da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep).
Desenvolvimento institucional
O Programa de Avaliação de Desempenho tem por objetivo promover o desenvolvimento institucional, subsidiando a definição de diretrizes para políticas de gestão de pessoas e garantindo a melhoria da qualidade dos serviços prestados à comunidade.
Para o servidor técnico-administrativo em educação, o resultado de sua avaliação contribuirá para o seu desenvolvimento, o de sua chefia e para a melhoria do seu setor de trabalho, além de ser requisito para obter a progressão por mérito profissional, que é concedida a quem tem resultado final na avaliação igual ou superior a 3. O desempenho do servidor será avaliado por meio da autoavaliação, da avaliação da equipe de trabalho e da avaliação feita pela chefia imediata (chefia avalia servidor). Também serão realizados na avaliação o diagnóstico das condições de trabalho e a avaliação da chefia imediata pelo servidor (servidor avalia chefia).
A previsão é que o resultado final das avaliações seja divulgado em 12 de agosto.
Mais informações estão disponíveis no Manual de Avaliação e no site da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da Ufes.
Imagem: Freepik
Categorias relacionadas InstitucionalNúcleos de estudos da Ufes e da UnB promovem encontro on-line para discutir O Capital. Evento gratuito e aberto ao público
O Núcleo de Estudos sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos (Nevi) promoverá nesta quarta, dia 21, um encontro on-line para discutir sobre o livro O Capital, das 10 às 12 horas. A transmissão será realizada via Google Meet. A atividade faz parte de uma cooperação entre o Nevi e o Núcleo de Estudos do Brasil Contemporâneo (NEBC), vinculado à Universidade de Brasília (UnB).
O evento é aberto a estudantes de graduação e pós-graduação, docentes, servidores públicos (ativos e aposentados) e à comunidade externa em geral. A inscrição pode ser feita via QR code disponível no cartaz de divulgação ou por meio de formulário on-line.
Segundo a coordenadora do Nevi, Raquel Sabará, o Núcleo de Estudos da Ufes e o NEBC, da UnB, promovem, desde 2019, a leitura sistemática de O Capital, de Karl Marx, com o objetivo de refletir criticamente sobre o processo global de produção capitalista e suas formas contemporâneas, com foco na luta de classes e na apropriação do valor socialmente produzido no primeiro quartil do século XXI. “Esse projeto tem sido importante para qualificar docentes no método da crítica da economia política, para aplicação em suas práticas acadêmicas, promovendo uma troca intergeracional de saberes entre professores do magistério superior, aposentados e em exercício, e a comunidade acadêmica”, explica.
Mais informações sobre o Encontro podem ser acessadas no perfil do Nevi no Instagram.
Categorias relacionadas EnsinoPrograd realiza ações de formação e assessoramento no campus de São Mateus a partir desta terça, 20
A Pró-Reitoria de Graduação da Ufes inicia a partir desta terça-feira, 20, uma série de atividades de formação para servidores do campus de São Mateus. O evento vai até o dia 22 de maio e inclui a realização do Fórum das Licenciaturas local, um espaço institucionalizado de debate, problematização e análise sobre as políticas de formação dos profissionais da educação.
No início do mês, entre os dias 5 e 8 de maio, as formações foram realizadas no campus de Alegre e contaram com a participação de 90 servidores, entre docentes e técnicos administrativos. Entre os assuntos debatidos no Fórum estavam a formação inicial de professores e encaminhamentos trazidos pela Resolução CNE/CP nº 4, de 29/05/2024, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial em Nível Superior de Profissionais do Magistério da Educação Escolar Básica (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados não licenciados e cursos de segunda licenciatura).
Coordenadores de cursos, membros de Núcleos Docentes Estruturantes (NDE) e Técnicos em Assuntos Educacionais também participaram de uma formação e assessoramento pedagógico sobre elaboração e atualização dos projetos pedagógicos de curso (PPCs).
A pró-reitora de Graduação da Ufes, Regina Godinho, afirma que a realização dos fóruns de licenciaturas locais, no campus de Alegre e no campus de São Mateus, foi uma demanda dos docentes participantes do Fórum das Licenciaturas realizado no campus de Goiabeiras em dezembro do ano passado.
Participantes da ações de formação realizadas no campus de Alegre”Os objetivos pretendidos com as formações foram alcançados de maneira satisfatória, uma vez que o Fórum Local das Licenciaturas de Alegre proporcionou um espaço profícuo para o diálogo e a elaboração de estratégias e a análise de viabilidades conjuntas sobre a atualização dos projetos pedagógicos dos cursos de licenciatura da Ufes. Além disso, a formação sobre planejamento, elaboração e acompanhamento de projetos pedagógicos de curso possibilitou a coordenadores e membros dos Núcleos Docentes Estruturantes aprofundarem seus conhecimentos acerca das normativas institucionais da Ufes relativas aos trâmites de elaboração e atualização desses documentos. Nesse contexto, os participantes realizaram a análise dos documentos pedagógicos dos cursos sob sua responsabilidade, contando com o suporte técnico e pedagógico da equipe da Diretoria de Planejamento Pedagógico da Pró-Reitoria de Graduação”, destaca a pró-reitora.
Categorias relacionadas EnsinoCelebrando o Dia da Luta Antimanicomial, artistas usuários da rede pública de saúde mental expõem trabalhos
Artistas que são usuários dos diversos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (Raps/SUS) vão apresentar seus trabalhos na exposição Os seres que habitam em mim, que será inaugurada nesta segunda-feira, dia 19, às 16 horas, no pilotis da Assembleia Legislativa (Ales), em Vitória. Organizada pelo grupo de pesquisa Fênix (vinculado ao Departamento de Serviço Social) e pelo Laboratório de Ações e Pesquisas de Saúde Mental em Terapia Ocupacional (Lapsam-TO), a mostra trará cerca de 40 obras, que ficarão expostas para visitação pública das 8 às 19 horas, até a próxima sexta-feira, 23. A entrada é gratuita.
A exposição acontece em alusão ao Dia da Luta Antimanicomial no Brasil, celebrado em 18 de maio, e traz autorretratos e retratos de animais, de paisagens e do carnaval capixaba, especialmente do Bloco Que Loucura, projeto de extensão ligado ao grupo Fênix, que é conhecido por utilizar a folia e a cultura para dar visibilidade às pessoas com sofrimento psíquico e à defesa da luta antimanicomial, da saúde mental e do SUS.
A curadora da exposição, Alana Simões, explica que o tema da mostra faz referência à pluralidade que compõe a existência: “A arte se faz espaço de escuta e expressão para os seres que nos habitam, aqueles que às vezes desconhecemos, que não cabem na lógica discursiva, mas insistem em nos atravessar. O que se revela nessas criações é comum a todos nós: a condição radicalmente humana de sermos constituídos por muitos”.
Arte e cultura
Professores, estudantes e voluntários do grupo Fênix e do Lapsam realizam diversas ações com os usuários da Raps durante todo o ano, incluindo cursos de capacitação e formação de profissionais. “Esta exposição é uma iniciativa nossa de valorizar o que já é produzido no cotidiano dos serviços. Ao circular nesses espaços, percebemos a quantidade de obra sendo produzida e a qualidade dos artistas. Nossa ideia é fomentar a arte e a cultura na saúde mental e a possibilidade de esses artistas exporem e, quem sabe, até venderem suas obras”, explica a coordenadora do grupo Fênix, Fabíola Xavier.
Para Xavier, a saúde mental é um tema importante do cotidiano de todos. “Cada dia mais precisamos falar que uma pessoa em sofrimento psíquico pode acionar o SUS e ter um cuidado em liberdade, com dignidade”, conclui.
Categorias relacionadas Cultura ExtensãoLançamento da Escola de Conselhos lembra Araceli e marca compromisso da Ufes com direitos da criança e do adolescente
Às vésperas do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, a Ufes contou com a presença de diversos representantes de conselhos tutelares e de direitos para o lançamento da Escola de Conselhos, nesta sexta-feira, 16. O evento aconteceu no Auditório Manoel Vereza, localizado no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), e apresentou à sociedade o projeto de extensão que tem a proposta de oferecer formação continuada aos atores sociais responsáveis pela efetivação dos direitos integrais de crianças e adolescentes.
O reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, classificou o momento como “histórico” e afirmou que Universidade está comprometida em produzir conhecimento para atender essa demanda social brasileira, que é grande. “O país tem uma dívida grande com as pessoas. Esse projeto de extensão é uma demanda bem antiga e traduz de forma concreta nosso compromisso com a defesa dos direitos humanos, em especial a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes. Nosso papel como universidade vai além da formação técnica e científica. A Ufes é a casa do povo do Espírito Santo. Temos responsabilidade de produzir conhecimentos socialmente comprometidos e contribuir para a sustentabilidade das políticas públicas”, disse.
Na ocasião, o reitor da Ufes “batizou” o projeto com o nome de Escola de Conselhos Araceli Cabrera Sánchez Crespo, em homenagem à menina de 8 anos que foi sequestrada, violentada e assassinada em Vitória em 18 de maio de 1973. Em sua memória foi instituído o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. “É uma honra para a Ufes lançar esse projeto”, destacou ele.
Participaram do lançamento a coordenadora geral de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), Clayse Moreira e Silva; a presidenta da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputada Camila Valadão; o subsectetário estadual de Direitos Humanos, Renan Cadais; o representante do Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Clerismar Lyrio; a presidenta do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Criad), Rosânia Soares; a coordenadora do Núcleo Especializado da Infância e Juventude e defensora pública, Adriana Peres; a professora da Ufes e coordenadora da Escola de Conselhos do Espírito Santo, Luizane Guedes; a representante dos conselhos tutelares do estado, Carolina Prata; a promotora de Justiça de Iconha, Ana Lúcia Hipólito; e da adolescente Sthefany Teixeira, integrante do Comitê de Participação Adolescente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente; além de autoridades do poder público.
Formação colaborativa
Desenvolvido em parceria com o Criad e o MDH, o projeto visa contribuir para o fortalecimento dos organismos institucionais estratégicos que atuam na efetivação das políticas públicas de proteção integral para a infância e a adolescência. Segundo Luizane Guedes, a iniciativa surgiu há cerca de um ano e quatro meses, e foi pensada em conjunto com a professora Keila da Silva, do Instituto Raízes.
“A proposta da Escola de Conselhos é ‘construir com’. Não pensar a formação ‘para’, mas pensar em colaboração”, disse. “Passada a implementação, hoje, a ideia é que o próximo passo seja uma mobilização, principalmente de representantes do interior”, afirmou ela.
O projeto consistirá, a princípio, em uma formação inicial de 100 horas, contemplando temas relacionados à infância, adolescência e direitos humanos, programada para ocorrer nos próximos 12 meses. “Essa formação básica é que vai garantir uma base de igualdade para todos os conselhos. Depois pensaremos em uma formação avançada”, explicou. A Escola de Conselhos terá aulas presenciais e on-line em dez polos de atuação: Barra de São Francisco, Colatina, Santa Teresa, Domingos Martins, Alegre, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus, Linhares, Guarapari e Grande Vitória.
Durante o evento, houve ainda a posse oficial do conselho gestor do projeto, composto por Elisangela Marquesi (Criad), Larissa Aledi (Secretaria de Estado de Direitos Humanos - SEDH), Clerismar Lyrio (Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Luizane Guedes e Keila da Silva.
Foto: Leandro Reis
Categorias relacionadas ExtensãoHucam/Ufes realiza programação a partir desta segunda, 19, para incentivar a doação de leite materno
Celebrado em 19 de maio, o Dia Mundial da Doação de Leite Humano visa valorizar a amamentação e o ato de doar leite materno. O alimento é essencial para a sobrevivência de bebês prematuros ou com baixo peso, além de ajudar aqueles cujas mães têm dificuldade para amamentar, estejam internados ou não. Com o objetivo de sensibilizar a sociedade, especialmente mulheres lactantes, o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam/Ufes) realiza entre os dias 19 a 23 de maio uma programação educativa com ações no Shopping Vila Velha, mobilização e sensibilização para doação de leite, dentre outras atividades em parceria com alunos de projetos de extensão da Ufes.
Conforme dados do Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital, dos 25 leitos neonatais, 15 recém-nascidos foram atendidos com leite materno em abril, totalizando o consumo de 72 litros de leite humano pasteurizados. Ao longo do primeiro trimestre de 2025, 90 recém-nascidos foram atendidos pelo serviço.
“O leite materno é rico em anticorpos que ajudam a prevenir infecções, especialmente enterocolite necrosante, sepse e infecções respiratórias. Além disso, tem nutrientes bioativos e enzimas que facilitam a digestão, especialmente importante para o intestino de bebês prematuros”, destaca a enfermeira Mônica Pontes, coordenadora do BLH do Hucam/Ufes.
Doação
Pontes lembra que toda mulher em período de lactação é potencial doadora – precisa apenas produzir leite em excesso e estar saudável. “Ela pode fazer contato com o Banco de Leite Humano que vamos até a residência dela e disponibilizamos frascos esterilizados para ela efetuar a coleta. Ela extrai o leite no próprio domicílio, guarda no congelador e depois um profissional do nosso banco de leite vai até a residência dela buscar este leite doado”, explica.
O Banco de Leite Humano do Hucam/Ufes fica localizado na Avenida Marechal Campos, 1355, em Maruípe, Vitória. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 12h às 19h. O telefone de contato é (27) 3335-7515.
SUS
O Hucam/Ufes atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoia a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. O hospital faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede EBSERH), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), que administra 45 hospitais universitários federais.
Categorias relacionadas Extensão SaúdeAlunas de graduação em Matemática do campus de Alegre criam movimento em prol da representatividade feminina no curso
Problematizar a representatividade feminina no campo científico da Matemática por meio de reflexões e questionamentos: esse é o principal objetivo do FeminiMat Ufes, movimento criado por quatro alunas do curso de graduação em Matemática do campus de Alegre, que visa valorizar a representatividade feminina nas Ciências Exatas e fortalecer as trajetórias de mulheres matemáticas. Desde o surgimento, em 2022, o grupo promove pesquisas, palestras e eventos sobre a contribuição feminina para o avanço da área.
O FeminiMat é uma iniciativa das estudantes Daiana Oliveira, Karina Santos, Samira Chevi e Nathalia Moura, que se interessaram por pesquisar a relação entre a matemática e o feminismo após conhecerem a vida e a obra da matemática alemã Emmy Noether em uma das aulas do curso. “Ela deu uma contribuição à matemática tanto profunda quanto pouco reconhecida. A partir desse encontro inspirador, começamos a nos perguntar: ‘por que quase não vimos outras mulheres sendo mencionadas ao longo da escola e da graduação?’ Passamos, então, a pesquisar histórias de mulheres na matemática, especialmente de mulheres negras. Esse mergulho revelou não apenas nomes esquecidos, mas também narrativas de resistência, talento e superação, que raramente fazem parte do currículo tradicional”, aponta Chevi.
Imagem As estudantes Daiana Oliveira, Karina Santos, Nathalia Moura e Samira CheviAs estudantes passaram, então, a participar de atividades relacionadas ao assunto, como a segunda edição da Semana Acadêmica de Matemática (Semat/Ufes, em Alegre), que trouxe como tema principal Matemática e Diversidades; e um evento realizado no Instituto Federal Fluminense (IFF) de Bom Jesus do Itabapoana, no qual foram debatidas as lutas das mulheres nas Ciências Exatas. O FeminiMat também atuou na Semana de Acolhimento dos Calouros do curso de Matemática/Licenciatura, em 2023, na qual as criadoras do movimento deram uma palestra.
Toda essa trajetória culminou na produção de dois Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC): Políticas de permanência e processos de evasão de mulheres em cursos de Ciências Exatas em universidades brasileiras: uma revisão de literatura, que está em fase de desenvolvimento por Chevi; e Mulheres na Matemática: desafios e perspectivas em um campo de dominação masculina, produzido em parceria, por Oliveira e Santos. Esse último trabalho deu origem ao artigo Mulheres na pós-graduação em Matemática: desafios e perspectivas em um campo de dominação masculina, recentemente publicado no Boletim Cearense de Educação e História da Matemática (BOCEHM), revista vinculada à Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Motivação
O artigo teve orientação da professora do Departamento de Matemática Pura e Aplicada (DMPA) Alana Pereira, que também orienta outros estudos e projetos desenvolvidos pelas integrantes do FeminiMat. “A atuação da professora Alana tem sido fundamental para o nosso movimento. Foi ela que nos motivou a aprofundar nossos estudos sobre a temática, a acreditar na relevância do que produzimos e a dar um passo além, encorajando-nos a transformar nosso trabalho em um artigo científico. Mais do que uma orientadora acadêmica, ela é uma das forças que sustentam o FeminiMat hoje, impulsionando-nos a continuar pesquisando, questionando e ocupando espaços”, ressalta Oliveira.
Imagem A professora Alana, ao centro, com as estudantes Daiana Oliveira e Karina SantosAtualmente, Chevi é a única representante do FeminiMat que segue vinculada à Ufes, já que Oliveira e Santos se formaram no ano passado e Moura precisou se afastar do curso antes do fim da graduação. Mas, segundo elas, o movimento permanece ativo. “Seguimos trocando ideias, produzindo conteúdos e fortalecendo nossos ideais. Somos profundamente gratas umas às outras pela força que nos demos ao longo dessa trajetória e também aos professores que nos ajudaram. Desejamos que o FeminiMat continue sendo um movimento vivo dentro do nosso curso de Licenciatura em Matemática e na Ufes e sonhamos que ele siga inspirando mulheres. Estamos abertas à chegada de novas integrantes para que a luta continue, se renove e se fortaleça a cada ciclo”, conclui Santos.
Minoria
A Ufes tem dois programas de pós-graduação (PPG) em Matemática, ambos sediados no campus de Goiabeiras, em Vitória: o PPGMat, programa acadêmico que oferece o curso de mestrado em Matemática; e o ProfMat, programa que oferece o curso de mestrado profissional de Matemática em Rede. Segundo a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPPG), o PPGMat tem, atualmente, 21 docentes e 20 estudantes matriculados, dos quais cinco são professoras e seis são alunas. Já o ProfMat conta com dez docentes e 72 estudantes e, desse total, há uma professora e 25 alunas.
Já a graduação em Matemática é ofertada em três campi: Alegre, no Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde (CCENS); Goiabeiras, no Centro de Ciências Exatas (CCE); e São Mateus, no Centro Universitário Norte do Espírito Santo (CEUNES). Dados da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) mostram que a Ufes tem, atualmente, 176 alunas e 273 alunos matriculados.
Fotos: FeminiMat
Artesanato com fios: pesquisa mostra que a prática produz saúde mental e qualidade de vida
Uma pesquisa de doutorado vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Ufes revela que a prática de artesanato com fios, como crochê e tricô, está relacionada a sensações e sentimentos positivos, como liberdade, prazer, paciência, amor, alegria, felicidade, relaxamento e concentração, itens fundamentais para a saúde mental e a qualidade vida.
De autoria de Barbara de Marchi, psicóloga e pesquisadora, o estudo avaliou a relação entre essa modalidade de artesanato e a qualidade de vida de mulheres jovens, entre 20 e 40 anos, ao longo da pandemia de covid-19. Entre as participantes, o tricô foi a arte mais praticada como passatempo, enquanto o crochê e o macramê despontaram como fontes de renda.
Apesar das adversidades da pandemia, a pesquisa mostra que jovens que praticaram artesanato com fios apresentaram elevados níveis de qualidade de vida e de flow – termo que se refere a um estado mental positivo, no qual se experimenta grande satisfação, foco e absorção pela atividade desafiante.
“Os resultados demonstraram a inter-relação entre a experiência ótima de fluxo na consciência, o bem-estar e a qualidade de vida e, por conseguinte, a importância de as pessoas se dedicarem a atividades com potencial de geração de flow para o cuidado da saúde como um todo”, afirmou a pesquisadora.
Segundo ela, a prática do artesanato “agiu como fator de proteção a sintomas psicopatológicos, promovendo autorregulação emocional”. De Marchi destacou a importância disso numa situação de crise sanitária, não passível de resolução individual e imediata, quando “os esforços cognitivos e de ação devem se dar não sobre o problema, mas sobre aquilo que permite à pessoa tolerar ou aceitar o que não pode dominar”.
Ferramenta terapêutica
A pesquisadora ressalta que as mulheres jovens que passaram a trabalhar remotamente sofreram maior impacto psicológico no período de pandemia devido ao acúmulo de responsabilidades no lar; ao aumento da carga de tarefas com os filhos, que não podiam frequentar as escolas e espaços de socialização; e à permanência por mais tempo em companhia de parceiros agressores, entre outros fatores. A prática do artesanato com fios foi, nesse cenário, uma ferramenta terapêutica.
“Essa ferramenta é super benéfica, desde que complementar. As pessoas confundem 'terapia' com 'terapêutico', que, apesar de próximos, não são [termos] sinônimos. A terapia é um processo de intervenção e cuidado, conduzido por um profissional a partir de princípios éticos e sólidos conhecimentos teóricos e técnicos. 'Terapêutico', por sua vez, diz respeito à característica positiva de um recurso que permite o acesso ao mundo interno de cada um e, assim, à expressão de emoções, sentimentos e pensamentos”, afirmou a psicóloga, lembrando que a prática do artesanato, portanto, não substitui qualquer tratamento, sobretudo para sofrimento ou adoecimento psíquico grave.
A pesquisa de Barbara de Marchi foi base para a edição da cartilha Prática de manualidades com fios e qualidade de vida, disponível de forma gratuita em formatos físico e digital. Trata-se de um material de caráter educativo e que visa fomentar as práticas artesanais com fios como recurso acessível, eficaz e de baixo custo financeiro para a promoção da qualidade de vida e da saúde mental dos indivíduos.
Mais informações sobre a pesquisa estão disponíveis no site da Revista Universidade.
Imagem: Freepik
Categorias relacionadas PesquisaNegação da ciência e crise climática são temas de palestra no Centro de Ciências Exatas. Evento abre ciclo de seminários
Uma palestra vai debater o tema Pós-verdade, negação da ciência e a crise climática atual nesta sexta-feira (16), no auditório do Centro de Ciências Exatas da Ufes, às 11 horas. O evento é aberto ao público e abre o ciclo quinzenal de seminários Conecta Ciência, uma iniciativa do Centro Acadêmico de Física Avicena (Cafis) e do Núcleo Cosmo/Ufes que pretende discutir a Ciência de forma abrangente e acessível.
"O Conecta Ciência surgiu da identificação de uma necessidade das pessoas ouvirem também quem não é da sua área de atuação. Isso é importante especialmente para quem é estudante, que está num período em que é necessário ampliar os horizontes. Os seminários, que serão quinzenais, terão palestrantes de todas as áreas de atividades científicas do Departamento de Física e também áreas correlatas. É uma tentativa de romper essa tendência das pessoas não se informarem sobre o que está em torno delas", avalia o professor do Departamento de Física da Ufes Julio Fabris, coordenador do Núcleo de Astrofísica e Cosmologia da Ufes.
Quem irá ministrar a palestra nesta sexta-feira é o professor do Departamento de Física Ernani Rodrigues. Ele destaca que a intenção será promover, de forma simples, conceitos filosóficos e os recentes discursos negacionistas pelo viés da ciência.
"A ideia é passar um panorama da noção de verdade, pós-verdade e como reconhecer hoje as pós-verdades que circulam no mundo. É uma conversa ampla com qualquer cidadão interessado, no sentido de despertar que a Ciência não é, de fato, uma verdade absoluta, mas que não é possível questioná-la de qualquer maneira, é preciso critério e protocolo" enfatiza.
Categorias relacionadas EnsinoPerspectivas e desafios da educação de bebês é tema de palestra dia 20 de maio. Inscrições abertas
Professores da educação básica, estudantes de licenciaturas e de cursos de mestrado e doutorado em Educação, servidores da Ufes e pesquisadores interessados em educação infantil e em pesquisas envolvendo bebês podem se inscrever para participar da palestra Educação de bebês: perspectivas e desafios, que vai acontecer na próxima terça-feira, dia 20, no Auditório Ieda Aboumrad, prédio do IC-IV (IC 4), no Centro de Educação (campus de Goiabeiras).
Das 18h30 às 20h30, a palestrante Gabriela Tebet, professora e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (Unicamp), conversará com o público sobre temas relacionados com as atuais perspectivas e desafios de educação com bebês; cartografia como um processo de pesquisa com bebês; e socialização racial de bebês em contexto de creches. Além disso, Tebet vai apresentar as estratégias metodológicas que têm sido utilizadas pelo grupo Infâncias, Diferenças e Direitos Humanos (INDDHU), do qual participa na Unicamp.
O grupo de pesquisa multidisciplinar INDDHU busca a reflexão e a formação de pesquisadores e profissionais sobre singularidades culturais e subjetivas de bebês, crianças e adolescentes, tendo seus estudos orientados por perspectivas antirracistas, antissexistas, anticlassistas, anticapacitistas, anti-adultocêntricas, anti-antropocêntricas, decoloniais e outras que valorizam a participação protagonista das infâncias.
“As experiências de pesquisas e de produção de conhecimentos da professora Gabriela Tebet são, na contemporaneidade, inovadoras e consideradas como importantes referências para o debate acerca das infâncias no campo da Sociologia das Infâncias e da Filosofia da Infância, o que contribui para a formação acadêmico-profissional do público”, avalia a professora Larissa Gomes, coordenadora do grupo de pesquisa SubjetivAções na Educação Básica, que está organizando a palestra.
Os participantes inscritos e que efetivamente participarem do evento receberão certificado.
Categorias relacionadas EnsinoCine Metrópolis estreia nova programação com destaque para cinema de resistência e homenagem a Albertina Carri
A nova programação do Cine Metrópolis, que começa nesta quinta-feira, 15, chega com estreias internacionais e uma homenagem ao cinema transgressor de Albertina Carri. O destaque da semana é Caiam as Rosas Brancas, novo longa da cineasta argentina que mistura road movie, erotismo e crítica aos sistemas de gênero. A trama acompanha Violeta, uma jovem diretora que abandona uma produção comercial para buscar um cinema mais livre, numa jornada que atravessa países e dissolve as fronteiras entre arte e vida.
A exibição do novo filme vem acompanhada de As Filhas do Fogo (2019), obra anterior de Carri que se tornou referência no cinema queer latino-americano. Nele, três mulheres embarcam numa viagem transformadora pelo sul da Argentina, questionando padrões normativos.
Outro grande destaque da programação é Em Rumo a Uma Terra Desconhecida, do diretor palestino Mahdi Fleifel. O drama narra a trajetória de dois primos refugiados em Atenas, que, em busca de uma vida melhor, enfrentam o dilema moral de ultrapassar seus próprios limites para conseguir passaportes falsos rumo à Alemanha. O longa, premiado em Cannes e indicado ao Globo de Ouro, oferece um retrato comovente e urgente da crise humanitária palestina, combinando sensibilidade e denúncia política.
Seguem em cartaz os filmes Lispectorante, de Renata Pinheiro, e Betânia, de Marcelo Botta.
Confira as sinopses dos filmes em cartaz no Cine Metrópolis de 15 a 21 de maio:
ImagemCaiam as Rosas Brancas, de Albertina Carri (Brasil/Argentina/Espanha, 2025)
Violeta é uma jovem diretora de cinema que, tempos atrás, realizou um filme amador erótico. Graças ao sucesso inesperado daquela obra, ela é convidada a fazer uma versão para o grande público. Mas suas ideias sobre os sistemas de gênero a impedem de seguir com a filmagem, e ela decide fugir. Sua jornada a leva a uma ilha misteriosa onde o cinema se dissolve e a vida se torna a única história possível.
As Filhas do Fogo, de Albertina Carri (Argentina, 2019)
Bem no fim do mundo, três mulheres se encontram por acaso, começando uma jornada que irá transformar as suas vidas. Uma viagem ao longo de estradas e através do tempo que se transforma em alegria, prazer e diversão. Através de suas anotações, Violeta conta sobre as aventuras desse grupo de mulheres.
Em Rumo a Uma Terra Desconhecida, de Mahdi Fleifel (Palestina, 2025)
Chatila e Reda, dois primos palestinos refugiados em Atenas, sonham com uma vida melhor. Determinados a reunir dinheiro suficiente para adquirir passaportes falsos e se mudarem para a Alemanha, eles recorrem a todos os meios possíveis. Contudo, essa busca os força a ultrapassar seus próprios limites, deixando para trás uma parte de si mesmos.
Lispectorante, de Renata Pinheiro (Brasil, 2025)
Afundada numa crise existencial e financeira, Glória Hartman, 58 anos, retorna ao Recife, sua cidade natal. Através de uma fenda nos escombros da casa onde morou Clarice Lispector, Glória começa a ver coisas misteriosas enquanto trilha um percurso de desconstrução da sua visão de vida.
Betânia, de Marcelo Botta (Brasil, 2025)
Depois de perder seu marido, a parteira Betânia se muda para o povoado onde nasceu, mas jamais habitou. Empurrada pelo som ancestral do Bumba Meu Boi, pela força da família e da comunidade, Betânia tenta renascer, assim como as flores que desabrocham nos lençois durante a seca.
Confira os horários das sessões na página do Cine Metrópolis.
Categorias relacionadas CulturaUfes organiza curso sobre luto e cuidados na atenção primária para profissionais da saúde
Capacitar profissionais de saúde de Vitória para o cuidado multiprofissional às pessoas enlutadas na Atenção Primária à Saúde é o principal objetivo do curso Capacitação em luto e primeiros cuidados na atenção primária à saúde, organizado pela Ufes e executado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Vitória.
Participam dos encontros 35 profissionais de nível superior da Semus, que, até o início do mês de julho, se encontrarão quinzenalmente na Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS) para uma qualificação que envolve temas como estudo e modelos teóricos do luto; fatores de risco para o luto complicado e estratégias de prevenção; diferentes lutos; e luto antecipatório e cuidados com o sofrimento psíquico.
O curso foi criado pela professora do Departamento de Psicologia Luciana Bicalho a partir do trabalho Luto em tempos de pandemia da covid-19: análise dos benefícios da assistência psicológica em formato on-line - intervenção psicológica, pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) que tem como uma de suas metas a oferta de espaços de formação para trabalhadores.
Para Bicalho, a assistência a pessoas enlutadas é uma atividade interdisciplinar que demanda ações em diferentes contextos, incluindo aqueles em que as pessoas vivem, e por isso é importante que indivíduos em luto recebam apoio por equipes de saúde na atenção primária: “Pesquisas apontam que profissionais frequentemente se referem ao fato de não se sentirem preparados para apoiar enlutados. Assim, um espaço de reflexão, aprendizagem e sensibilização para o tema se mostra relevante para a oferta de cuidado integrado aos usuários dos serviços”. Segundo a professora, a intenção é que, a partir de 2026, profissionais de outros níveis de atenção também sejam contemplados com o curso.
Trabalhadores da saúde, educação, assistência social e outros que se interessem pelo tema (mas não estão vinculados à Semus) podem acessar o curso on-line Saúde mental e luto, oferecido, gratuitamente, por meio da Plataforma Moocqueca. O curso também é produzido e ministrado pela professora Bicalho e tem carga horária de 30 horas, garantindo certificação àqueles que tiverem aproveitamento mínimo de 70%.
Foto: Divulgação
Categorias relacionadas Extensão SaúdeBiblioteca Central recebe exposição com 70 fotografias dos espaços da Ufes
Os espaços, os personagens e as vivências que constituem a história da Ufes serão expostos no térreo da Biblioteca Central a partir desta sexta-feira, 16, às 18 horas. Capturadas pelo servidor Marcos de Alarcão, as fotografias compõem a exposição Universo Setenta: ensaios visuais da Universidade Federal do Espírito Santo aos 70 anos, que poderá ser visitada até o dia 30 de junho, de segunda a sexta-feira, das 7 às 21 horas.
Com curadoria do professor aposentado da Ufes Antonio David Protti e montagem das servidoras Angelica Reckel e Déborah Corrêa, a mostra reúne 70 fotos divididas em dez ensaios visuais. Realizadas em sua maioria em 2024, ano em que a Universidade completou 70 anos, as fotografias retratam os quatro campi, além do Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, em Jerônimo Monteiro.
“Essas imagens falam muito sobre o espaço. Meu ponto de partida foi os espaços que a Ufes ocupa. Pensei na seguinte estrutura: Alegre, Goiabeiras, Maruípe e São Mateus, dois ensaios para cada um. Um ensaio de Jerônimo Monteiro e um “ensaio-resumo” de toda a obra, com fotos extras de todos os espaços juntos”, explica Alarcão. “Há ainda outras curiosidades. O campus de Goiabeiras, por exemplo, tem sete centros. Um dos ensaios tem uma foto para cada centro desses”.
Memória
Habituado a fotografar a Universidade, Alarcão vê na exposição uma forma de documentar o tempo, ajudando as próximas gerações a conhecerem os espaços dos quais a comunidade desfruta. “A inspiração para o projeto é criar uma memória. Uma identidade do que é (ou foi) esse espaço físico nesse espaço temporal. A Ufes é um lugar incrível e cheio de elementos de que qualquer fotógrafo gosta: natureza, arquitetura, personagens, luzes belíssimas. É um grande universo”, diz.
Formado em Jornalismo pela Ufes, o fotógrafo tem uma relação estreita com a Universidade desde 2007, quando iniciou os estudos da graduação. Em 2015, retornou à Ufes como servidor e desde então passa boa parte do seu dia no campus de Goiabeiras. “Essa universidade é um espaço que me afeta em vários aspectos. Acadêmico, profissional, pessoal, e sobretudo humano. É um dos espaços em que muito da minha vida acontece. Sou muito grato por tudo que aprendi, vivi e sigo vivendo aqui”, diz.
Categorias relacionadas CulturaPró-reitores, superintendentes e secretários da Ufes participam de capacitação sobre gestão de riscos
Pró-reitores, superintendentes e secretários da Ufes participaram nesta terça-feira, 13, de uma capacitação sobre o tema Gestão de riscos na prática. A ação formativa ocorreu como parte da programação da reunião de gestão, realizada na sala de reuniões do Gabinete, e foi a primeira ministrada neste formato.
A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Josiana Binda, afirmou que o objetivo de realizar as capacitações durante as reuniões é assegurar a participação dos gestores. “A Ufes vem realizando ações formativas dirigidas a gestores há alguns anos, mas nem sempre eram bem-sucedidas devido à dificuldade dos gestores, principalmente dos altos gestores, em sair do seu ambiente de trabalho. Então, adotaremos essa estratégia de realizar capacitações curtas nas reuniões de gestão, sempre com temáticas que aliem teoria e prática”, explicou.
Binda lembrou que a participação periódica de gestores da Universidade em ações formativas está prevista na Política de Governança de Gestão de Pessoas, aprovada em fevereiro deste ano.
A primeira capacitação foi ministrada pela diretora de Governança, Controles Internos e Integridade da Ufes, Fabíola Bastos, e pelo superintendente de Tecnologia da Informação, Paulo Lobato.
Aprimoramento da gestão
Além da capacitação durante a reunião, a Diretoria de Governança, Controles Internos e Integridade (DGCI) da Ufes vem realizando formações sobre as temáticas da governança, como gestão de riscos, controles internos de gestão, integridade e a centralidade da diversidade na transformação de culturas organizacionais. A iniciativa já está em desenvolvimento em diversos setores da Universidade e integra o processo de aprimoramento da gestão da Universidade voltada à estratégia e aos dados.
“O objetivo é que planejamento, gerenciamento de riscos e gestão sejam trabalhados de forma indissociada, buscando soluções para possíveis gargalos”, afirma a Fabíola Bastos.
A diretora ressalta que a Ufes tem procurado desenvolver sua governança acadêmica de forma proativa, ou seja, sem ter sido demandada por um órgão de controle externo. Para que isso seja possível, buscando a excelência acadêmica, ela aponta a necessidade de promover um ambiente favorável e humanizado, ao mesmo tempo em que se controla proporcionalmente os riscos, avaliando e priorizando medidas para prevenir e mitigar os seus impactos.
Categorias relacionadas InstitucionalGestores de universidades se reúnem na Ufes para debater soluções de infraestrutura. Evento tem transmissão ao vivo
Cerca de cem pró-reitores e gestores de diversas universidades federais de todo o Brasil se reuniram no Cine Metrópolis na tarde desta quarta-feira, 14, para debater problemas e soluções ligados à infraestrutura das instituições. O encontro faz parte da 4ª Reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Infraestrutura, Obras e Manutenção da Comissão de Planejamento do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração das Instituições Federais de Ensino Superior (Forplad), ligado à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que acontece no campus de Goiabeiras até esta sexta-feira, 16.
A abertura da Reunião contou com a presença de várias autoridades da Ufes, como o reitor Eustáquio de Castro e a vice-reitora Sônia Lopes. Em suas boas-vindas ao público, o reitor destacou o “bom caminho” que a Universidade vem trilhando em relação às obras projetadas e realizadas nos campi e desejou que o evento seja um terreno fértil para “diálogos produtivos e trocas de ideias que impulsionem a qualidade da infraestrutura”.
“As instituições federais de ensino enfrentam desafios extremamente complexos e multifacetados, que exigem não apenas eficiência técnica e administrativa, mas também articulação institucional e sensibilidade política. É por meio de espaços como esta reunião que conseguimos construir consensos, formular soluções e fortalecer a rede pública federal de educação superior”, afirmou.
Obras do PAC
O primeiro dia do evento contou também com participação remota do secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Marcus Vinícius David, que falou da atuação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no âmbito do MEC. David fez um rápido panorama dos empreendimentos contemplados pelo PAC, desde obras já concluídas até projetos em ação preparatória.
“Estamos avançando muito, quero registrar o empenho de todas as equipes. As obras têm andado em velocidade maior”, afirmou o secretário. David, que já foi presidente da Andifes, disse ainda que uma das medidas para ajudar a executar todas as obras das instituições federais de ensino é o compartilhamento de informações entre as universidades e os institutos. “A principal contribuição da Andifes é a associação em rede. Trabalhos em rede podem nos ajudar muito. Estamos dispostos a usar o que for necessário de estratégias cooperativas”, destacou.
Programação
Ao longo dos três dias da Reunião, o Cine Metrópolis receberá apresentações e debates ministrados por especialistas em orçamento, monitoramento de obras, sistemas de transporte, gestão energética, modalidades de contratação, projetos de edificações, entre outros temas relacionados à infraestrutura.
Para o professor Alessandro Mattedi, ex-superintendente de Infraestrutura da Ufes e coordenador do evento na Universidade, o grupo de gestores – que se reúne desde 2023 no grupo de trabalho – terá em mãos um conteúdo “muito direcionado e cirúrgico” em relação às necessidades das universidades.
“Esse evento vai nos dar frutos para produzir melhorias nas obras e nos contratos, com destaque para transporte e energia. Temos um grupo de diretores, superintendentes e secretários dedicados a encontrar soluções para atender melhor a nossa comunidade, considerando todos os desafios que estão postos”, disse Mattedi.
Com apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea/ES) e da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest), o evento tem transmissão ao vivo pelo canal da Superintendência de Educação a Distância (Sead/Ufes) no YouTube.
Foto: Leandro Reis
Projeto Conexões Costeiras Sudeste discute clima, oceano e justiça ambiental em oficinas on-line e eventos presenciais em Vitória
Com foco nos desafios climáticos, socioambientais e oceânicos que marcam a costa sudeste do Brasil, o projeto Conexões Costeiras Sudeste realiza durante os meses de maio e junho uma série de oficinas on-line e presenciais em Vitória (ES) e uma ação pública simbólica: a Nadada pelo Clima e Oceano, que marcará o encerramento das atividades no dia 8 de junho, na Baía de Vitória.
A iniciativa reúne pesquisadores, ativistas, pescadores, surfistas, comunidades tradicionais, organizações da sociedade civil e todas as pessoas interessadas na defesa dos oceanos e da justiça climática para debater impactos da indústria petrolífera, da poluição marinha e das mudanças climáticas nos modos de vida costeiros. As ações integram um projeto da Rede Climatizando e são organizadas pelo Laboratório de Política Ambiental e Justiça da Ufes (Lapaj), coordenado pela professora do Departamento de Ciências Sociais Cristiana Losekann, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e do Pulitzer Center e Programação.
A primeira oficina virtual acontece nesta quarta-feira, 14, das 18 às 20 horas. As demais serão realizadas nos dias 21 e 28 de maio e 4 de junho, no mesmo horário. As oficinas virtuais serão transmitidas ao vivo pelo canal do Lapaj no Youtube e terão como base quatro reportagens internacionais produzidas com apoio do Pulitzer Center. Segundo Losekann, elas serão conduzidas com uma metodologia própria, que valoriza a construção coletiva de soluções, intercâmbio de experiências e a escuta ativa entre os participantes.
Já no dia 7 de junho haverá uma oficina presencial e no dia 8 de junho haverá o encerramento com a Nadada pelo Oceano e Clima com saída às 8 horas da Prainha da Ilha do Frade. “A Nadada pelo Oceano e Clima é uma atividade pública, educativa e aberta à participação de todos que atuam na proteção marinha ou se interessam por ela”, afirma Losekann.
Preparação para a COP 30
O projeto Conexões Costeiras Sudeste é uma das ações preparatórias para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - COP 30, a ser realizada entre os dias 10 e 21 de novembro na cidade de Belém. Os debates realizados serão sistematizados em um documento com recomendações dirigidas a gestores públicos e jornalistas, com o objetivo de fortalecer políticas públicas e ampliar vozes dos territórios costeiros.
Entre os temas em destaque estão: encerramento de lixões nas zonas costeiras, emissão de gases de efeito estufa pelas petroleiras, poluição por plásticos e os impactos dessas questões sobre os modos de vida de comunidades tradicionais e povos indígenas.
Outras informações sobre o projeto estão disponíveis em seu perfil no Instagram.
Categorias relacionadas Meio ambienteProfessores de escolas francesas de Engenharia visitam o Centro Tecnológico para tratar de programa de intercâmbio acadêmico
O Centro Tecnológico da Ufes (CT) recebe nesta sexta-feira, 16, professores de três escolas francesas de Engenharia: Jean-François Naviner (Télécom Paris), Stéphane Maag (Télécom SudParis) e Sébastien Reymond (ENSTA Paris). Eles vêm à Universidade para tratar do projeto de intercâmbio acadêmico e pesquisa conjunta contemplado no início deste ano pelo Brasil France Ingénieur Technologie (Brafitec), programa especificamente voltado para áreas de engenharia e promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Como parte da visita, ocorrerá uma palestra no auditório do CT-I (CT 1), às 11 horas, aberta a estudantes e professores, na qual serão apresentadas as três escolas, bem como os editais do Brafitec.
O projeto contemplado, denominado Formação de engenheiros preparados para um futuro sustentável e orientado pela ciência de dados, é coordenado localmente pela professora do Departamento de Informática Roberta Gomes, vice-diretora do CT. O objetivo é oferecer bolsas de estudo para intercâmbio, incluindo duplo diploma, para estudantes dos cursos de Engenharia de Computação, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica.
"Esses acordos de duplo diploma são um diferencial para nossos cursos de engenharia, especialmente porque hoje, num mundo globalizado, essa interdisciplinaridade abre muito mais oportunidades aos engenheiros, tanto no campo das habilidades técnicas quanto no das soft skills, que são as suas habilidades interpessoais", diz a professora.
Além da Ufes, o projeto envolve ainda a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e três escolas de engenharias francesas que compõem o Institut Polytechnique de Paris e estão entre as melhores escolas de ensino superior da França.
Atualmente, além do projeto iniciado este ano, o CT conta com outros dois, também contemplados pelo Brafitec: Gêmeos digitais: novas infraestruturas físicas e virtuais em cidades inteligentes, coordenado pelo professor Moisés Ribeiro; e A engenharia e os objetivos do desenvolvimento sustentável, coordenado pelos professores Jane Meri Santos e Bruno Furieri.
Categorias relacionadas Ensino InternacionalEm visita a universidades da Finlândia, professoras da Ufes aprofundam pesquisa sobre desafios internacionais no acesso à educação
Pesquisadoras da Ufes realizaram uma visita técnica às universidades Humak e Turku, na Finlândia, com o objetivo de compreender os desafios no acesso à educação vivenciados pelos estudantes no país, o apoio disponível e o impacto na permanência e conclusão dos estudos desses universitários.
A pesquisa faz parte do projeto Refletindo a experiência vivida por mulheres universitárias de primeira geração de apoio estudantil no Brasil, Escócia e Finlândia, desenvolvido pelas professoras Eliza Bartolozzi e Tania Delboni, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE); Fabiola Leal e Maria Lucia Garcia, do Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS); e pela assistente social da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (SAAD), Fernanda Machado. O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes - edital nº 021/2024).
As professoras se reuniram com o reitor da Humak, Jukka Määttä, com gestores dos serviços sociais e professores para verificar a situação de estudos dos estudantes mais pobres e imigrantes. Além disso, o grupo participou de aulas na Humak e fez uma apresentação (foto) sobre o trabalho de Paulo Freire para uma turma composta de estudantes de diversos países.
“A visita técnica possibilitou o aprofundamento do diálogo com experiências internacionais de forma a adensar a reflexão atual, relevante social e cientificamente, com questionamentos que atravessam as duas áreas de conhecimento – Educação e Serviço Social –, em que classe, raça e gênero são centrais”, afirma a coordenadora do PPGE, Tania Delboni.
ImagemMaria Lucia Garcia, coordenadora do projeto, explicou que a Universidade Humak é parceira da Ufes em projetos de pesquisa em desenvolvimento. “Este período foi importante também para avanço nas discussões dos projetos submetidos ao TFK e a ser submetido ao Horizon, complementa. O TFK - Team Finland Knowledge (Equipe Finlândia de Conhecimento) é um programa que cria e fortalece a colaboração entre as universidades finlandesas e de algumas regiões escolhidas, como a América Latina. Já o Horizon é o principal programa de financiamento da União Europeia para pesquisa e inovação.
Ações em conjunto
As pesquisadoras da Ufes, em conjunto com o grupo da Finlândia e do Reino Unido, enviaram uma proposta ao edital TFK. Também foram realizadas reuniões com o objetivo de avançar o debate do projeto a ser inscrito no edital Horizon 2025-2030. Além disso, foi proposta a oferta de uma disciplina conjunta na área de direitos humanos, além de oportunidades de mobilidade de professores e estudantes.
Durante a visita técnica, realizada no período de 23 de abril e 6 de maio, as pesquisadoras ainda conheceram a instituição Mieli, um dos mais antigos serviços de prevenção e promoção de saúde mental da Finlândia, criado no final do século XIX.
“Esse conjunto de atividades possibilitou inúmeras trocas e aprendizados que certamente incrementarão as atividades na Ufes, contribuindo sobremaneira com o fortalecimento do Plano de internacionalização dos programas de pós-graduação envolvidos”, destacou Delboni.